Esse desenho foi feito pruma jam de desenhistas com o tema Estátua.
sábado, 28 de novembro de 2009
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Das dores e quedas na vida
Tem época que é assim, a gente sofre sofre sofre como disco riscado no sofrer. É coisa que dói, mas dói demais. É dolorosa. E a gente tenta bancar o Maradona na copa de 86, driblar desde o meio de campo, vale tudo, até gol de mão. Mas não vale de nada.
Se joga em tudo quanto é presepada, ganha história pra contar, até inventa algumas pra dar uma colorida e nada. É sofre sofre sofre na vitrola e pela cidade a rodar o disco mais riscado que as lentes dos meus óculos que vivem caindo no chão, principalmente em dia de desespero e trançar de pernas nos porres da vida em busca de vida. E só morte se apresenta ao redor. Um cemitério cheio de zumbis, que não compreendem a dor, porque são alguém na noite. E lá vou eu, sendo ninguém no dia, na noite e à tarde. Tão solitária e tão pública na multidão. Spleen dessa cidade, São Paulo sombria e hostil aos que sorriem aos passantes, aos que abrem suas fronteiras e convidam para um café. Todos chegaram de Londres ontem. Preferem chá. Não com você que sorri, mas com aquele ali que não dá a mínima, porque se você se importa, não pode deixar ninguém saber.
Se joga em tudo quanto é presepada, ganha história pra contar, até inventa algumas pra dar uma colorida e nada. É sofre sofre sofre na vitrola e pela cidade a rodar o disco mais riscado que as lentes dos meus óculos que vivem caindo no chão, principalmente em dia de desespero e trançar de pernas nos porres da vida em busca de vida. E só morte se apresenta ao redor. Um cemitério cheio de zumbis, que não compreendem a dor, porque são alguém na noite. E lá vou eu, sendo ninguém no dia, na noite e à tarde. Tão solitária e tão pública na multidão. Spleen dessa cidade, São Paulo sombria e hostil aos que sorriem aos passantes, aos que abrem suas fronteiras e convidam para um café. Todos chegaram de Londres ontem. Preferem chá. Não com você que sorri, mas com aquele ali que não dá a mínima, porque se você se importa, não pode deixar ninguém saber.
sábado, 14 de novembro de 2009
Como tem evento literário!
Quando eu fazia faculdade de Letras não tinha tanta festa literária. Tinham as bienais. A de SP era bom, era ótima, por questões que eu não posso declarar publicamente. Chama pro bar que eu conto detalhes e dramaturgias. Depois de um tempo deixou de ser tão boa.
Agora toda hora é uma novo evento ou festa literária nalgum canto. É festa em Paraty, Ouro Preto, Recife, Porto de Galinhas, Balada Literária em São Paulo, feira de livro não sei NAONDE, evento livro-festival de música, evento livro-festival de cinema. E lançamentos. Muitos lançamentos. E escritores. Hoje em dia existem mais escritores que nos tempos de Machado, tempo que não tinha luz, tv, cinema e livro e jornal eram os grandes meios de comunicação. Talvez porque naquele tempo nem todo mundo sabia escrever. Talvez porque a internet, tão multimídia, popularizou a escrita e o povo descobriu que nem é tão sagrado assim juntar letrinhas. Isso é bom. Por outro lado, são tantos autores que eu não consigo acompanhar. Chegam pra mim e dizem: quem é o melhor escritor contemporâneo? Eu faço cara de intelectual de botequim e respondo: Não sei, contemporaneidade nos meus tempos da USP significava os contemporâneos de Antonio Candido, Alfredo Bosi...
Não sei todos esses nomes, não sei quem é quem, troco os pronomes, tem gente que acho que é mulher e é homem, tem gente que acho genial, mas quando chego na página dois, desisto. Gosto mesmo de Luis Fernando Veríssimo. Ele é contemporâneo ou só vivo? Tem diferença? O escritor faz. Tempo certo de humor. Ironia fina. Queria ser ele quando crescer. Nunca vou crescer.
Gosto de Xico Sá. É contemporâneo também? Faz parte do tal grupo de Novíssimos? Os termos que ele usa e o jeito de corpo das letrinhas juntas e nas entrelinhas não têm nada de novo, ainda bem! Novo tem cara de politicamente correto. Tem cara de carão blasé londrino que nem peru bêbado e alce epiléptico chamam atenção.
Gosto de Jorge Malcher. Ele nunca lançou livro, que eu saiba, mas é um dos melhores escritores que eu já li. É contemporâneo não lançar livro ou contemporâneo é lançar? É contemporâneo ser genial ou isso é século XX demais? Nunca sei essas coisas, só sei que Jorginho é um escritor vivo, novíssimo e meu contemporâneo favorito. Mas ele nunca está em nenhuma programação de evento literário, ainda bem! porque evento literário é muito chato!
Agora toda hora é uma novo evento ou festa literária nalgum canto. É festa em Paraty, Ouro Preto, Recife, Porto de Galinhas, Balada Literária em São Paulo, feira de livro não sei NAONDE, evento livro-festival de música, evento livro-festival de cinema. E lançamentos. Muitos lançamentos. E escritores. Hoje em dia existem mais escritores que nos tempos de Machado, tempo que não tinha luz, tv, cinema e livro e jornal eram os grandes meios de comunicação. Talvez porque naquele tempo nem todo mundo sabia escrever. Talvez porque a internet, tão multimídia, popularizou a escrita e o povo descobriu que nem é tão sagrado assim juntar letrinhas. Isso é bom. Por outro lado, são tantos autores que eu não consigo acompanhar. Chegam pra mim e dizem: quem é o melhor escritor contemporâneo? Eu faço cara de intelectual de botequim e respondo: Não sei, contemporaneidade nos meus tempos da USP significava os contemporâneos de Antonio Candido, Alfredo Bosi...
Não sei todos esses nomes, não sei quem é quem, troco os pronomes, tem gente que acho que é mulher e é homem, tem gente que acho genial, mas quando chego na página dois, desisto. Gosto mesmo de Luis Fernando Veríssimo. Ele é contemporâneo ou só vivo? Tem diferença? O escritor faz. Tempo certo de humor. Ironia fina. Queria ser ele quando crescer. Nunca vou crescer.
Gosto de Xico Sá. É contemporâneo também? Faz parte do tal grupo de Novíssimos? Os termos que ele usa e o jeito de corpo das letrinhas juntas e nas entrelinhas não têm nada de novo, ainda bem! Novo tem cara de politicamente correto. Tem cara de carão blasé londrino que nem peru bêbado e alce epiléptico chamam atenção.
Gosto de Jorge Malcher. Ele nunca lançou livro, que eu saiba, mas é um dos melhores escritores que eu já li. É contemporâneo não lançar livro ou contemporâneo é lançar? É contemporâneo ser genial ou isso é século XX demais? Nunca sei essas coisas, só sei que Jorginho é um escritor vivo, novíssimo e meu contemporâneo favorito. Mas ele nunca está em nenhuma programação de evento literário, ainda bem! porque evento literário é muito chato!
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Todo meu despreparo
Vi o rapaz chorando no ponto de ônibus. Chorava por amor. Vi, especialmente, seus olhos seguindo a amada, quando ela, após uma briga, entrou no ônibus. Vontade de consolar. Vontade de chorar com ele. Queria ser capaz de chorar em público e denunciar todo meu despreparo.
domingo, 8 de novembro de 2009
Quantos aniversariantes novembro me reserva
Toda hora um novo aniversariante para novembro aparece nos avisos das redes sociais. Sou sociável nelas. Adiciono a todos. Não socializo nelas. Tenho conta em quase todas. Quase todas me indicam amigos que eu deveria adicionar por termos amigos em comum. Nenhum amigo em comum eu conheço. Só tenho, de fato, amigos incomuns.
Gosto mesmo dos fakes. Até os fakes pornô do twitter tentei interagir, mas fui solenemente ignorada. Uma pena.
Tava aqui pensando, será que eles fazem aniversário em novembro?
Gosto mesmo dos fakes. Até os fakes pornô do twitter tentei interagir, mas fui solenemente ignorada. Uma pena.
Tava aqui pensando, será que eles fazem aniversário em novembro?
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